Crédito a habitação: Taxa fixa ou variável? Juros sobem? Conheça as novas regras
A notícia de que os juros baixos poderão estar prestes a tornar-se uma história do passado está a levantar muitas questões nas famílias portuguesas com um crédito à habitação. Saiba quais são as novas regras.
O potencial de subida dos juros já foi considerado pelo Banco Central Europeu, num momento em que os EUA já anunciaram esta subida como forma de combater a inflação.
Ainda que a subida das taxas de juro não se prevejam imediatas, muitos bancos já estão a prever que as mesmas venham a suceder, perante a inflação de 5.1% que se registou no começo do ano e que pode, já, descrever-se como histórica.
Desta forma, embora os juros se encontrassem baixos ou negativos desde 2015, potenciando a liquidez dos bancos, o facto é que a subida das taxas de juro dos bancos centrais enunciam desde logo uma descida dos preços médios, o que eleva as prestações de crédito habitação a aumentar.
Nesta fase, as famílias portuguesas, que se encontram numa situação económica particularmente débil, buscam várias alternativas de poupança, como o crédito consolidado.
Além disso, perante esta situação, questionam ainda se este será ou não o momento de fixarem a taxa de juro.
O que se espera das taxas de juro para o futuro próximo?
Com o aumento das taxas de juro pelo BCE é expectável a subida das Euribors e, consequentemente das prestações dos créditos.
Entre o final de 2020 e de 2021, a subida da taxa média de juro foi de 0,8% para 0,83%, uma subida ligeira, mas que se espera que venha a continuar ao longo dos próximos meses derivada das variações expectáveis do mercado.
Devo optar por taxa fixa ou variável no crédito a habitação?
Uma vez que as taxas fixas não são afetadas por estas variações, muitas famílias estão a considerá-las. Ainda assim, é necessário considerar outros fatores, como a penalização perante amortizações antecipadas ou o facto de não ser possível passar de uma taxa fixa para uma taxa variável (apesar de alteração oposta o ser), por exemplo.
Especialistas da área da economia asseveram que, embora neste momento possa ser positiva, não é verdadeiramente possível saber se a fixação do crédito será compensatória a longo prazo.