Inflação leva mais estudantes a recorrer a refeições sociais
A forma como a inflação tem afetado a vida diária dos portugueses tem motivado a procura por soluções. Da aquisição do crédito à procura por refeições sociais, são muitos os fenómenos aos quais assistimos hoje. Entenda como os estudantes estão a procurar apoio através das refeições sociais.
Não é novidade que a inflação tem causado maiores dificuldades na vida financeira dos portugueses. Já fragilizada pela pandemia, a realidade económica nacional vive agora com as dificuldades do aumento das taxas de crédito, dos preços dos produtos do supermercado e dos custos dos serviços fundamentais e suplementares que preenchem a vida de todos.
Perante as dificuldades, muitas famílias procuram estratégias para colmatar a situação, seja pela aquisição de um novo crédito ou pelo agrupamento dos seus créditos num único crédito consolidado. Outras estratégias envolvem a redução de custos familiares, havendo uma maior procura por preços promocionais e uma adesão cada vez maior dos estudantes às refeições sociais. Saiba mais sobre este último fenómeno.
Do aumento dos preços às refeições sociais
Os estudantes também sentiram na pele a inflação e, perante o aumento dos preços, são cada vez mais os jovens que procuram lugares como a "Cantina Velha" da Universidade de Lisboa. Neste espaço, das 400 refeições servidas por dia, passaram agora a ser servidas cerca de 1.600, sendo que uma das razões enunciadas para tal é o facto de estas refeições ficarem mais baratas, até, do que uma refeição feita em casa, devido ao aumento dos preços dos alimentos.
Na busca pelas refeições a baixo custo e completas (sopa, prato e fruta) destas cantinas, muitos alunos deixaram mesmo de trazer as suas refeições e de usar os micro-ondas disponibilizados no espaço.
Uma situação global no país
Ainda que o exemplo usado seja de Lisboa, o facto é que outras universidades, incluindo Porto e Coimbra assistem à mesma situação, mesmo sem que o custo de vida nestas cidades seja tão elevado.
A Federação Académica do Porto, por exemplo, relatou alguns pedidos de ajuda devido ao aumento de preços dos alimentos, assim como uma maior adesão às refeições sociais.